Governo anuncia restrições de 14 dias para Curitiba, metropolitana e outras seis regiões do estado

O decreto é válido para 134 municípios e deve ser detalhado ainda durante a tarde

Notícia: Governo anuncia restrições de 14 dias para Curitiba, metropolitana e outras seis regiões do estado. #Pratodosverem: na foto, o governador do Estado do Paraná, Ratinho Junior. Cores na imagem: branco, azul, vermelho e preto.
Reprodução

O governador Ratinho Junior anunciou, na tarde desta terça-feira (30), uma série de medidas restritivas válidas por 14 dias em sete regiões do estado, incluindo toda a região metropolitana de Curitiba. A decisão foi tomada no dia em que o Paraná registrou o recorde de casos e mortes em 24 horas, com 1536 e 36 respectivamente. O decreto é válido para 134 municípios e deve ser detalhado ainda durante a tarde. O comércio é uma das atividades econômicas mais afetadas.

Em entrevista coletiva, Ratinho afirmou que conversou com os prefeitos das grandes cidades afetadas pelo decreto e também com os presidentes das associações de município. Há uma preocupação também para a redução do número de pessoas no transporte coletivo.

O Governo do Paraná evita falar em ‘lockdown’ e admite que essa ainda é uma possibilidade. “Existe possibilidade de lockdown? Existe, mas é a medida mais enérgica que poderíamos tomar e estamos contando com o apoio da população para evitar”, disse.

Confira as medidas que foram divulgadas pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, Hussein Bakri:

– Por 14 dias – prorrogáveis por mais 7, se necessário –, ficam restringidas as atividades econômicas não essenciais, como shoppings, galerias, comércio de rua, feiras, salões de beleza, academias, bares, casas noturnas.

– O transporte público poderá atender somente os funcionários dos serviços considerados essenciais, e os veículos só poderão circular conforme a quantidade de assentos.

– Também fica proibida a circulação de pessoas em vias públicas das 22h às 5h.

– O funcionamento dos mercados ficará restrito de segunda a sábado, das 7h às 21h. O fluxo ficará limitado a 30% da capacidade total, devendo ser controlado com a distribuição de senhas. O acesso será limitado a uma pessoa da família e está proibida a entrada de menores de 12 anos.

– Fica suspenso o funcionamento de serviços de conveniência em postos de combustíveis – exceto nas rodovias.

– Restaurantes e lanchonetes poderão atender somente no sistema drive-thru, delivery ou take away (retirada no balcão).

– Reuniões profissionais ou pessoais devem ser realizadas virtualmente e, quando necessário, com no máximo 5 cinco pessoas e afastamento de 2 metros entre si.

– A abertura de parques, praças e demais áreas coletivas ao ar livre fica a critério de cada prefeitura.

– A fiscalização será realizada pela Polícia Militar em parceria com as Guardas Municipais, sob pena de multa em caso de descumprimento.

– Também serão suspensas as cirurgias eletivas diante da escassez de medicamentos anestésicos e relaxantes musculares.

Mais informações em breve.

Disponível em: Banda B. Em: 30 de junho de 2020. Acesso em: 30 de junho de 2020.

Governo do Paraná nega que haverá lockdown generalizado por enquanto

Notícia: Governo do Paraná nega que haverá lockdown generalizado por enquanto. #pratodosverem: na foto, pessoas na rua utilizando máscaras por conta do coronavírus. Cores na foto: branco, preto, verde, cinza e marrom.
Foto: Gustavo Fring

O governo do Paraná emitiu uma nota de esclarecimento na noite desta segunda-feira (29) informando que não irá impor um lockdown em todo o estado.

Na manhã desta terça-feira (30), a equipe do governador Ratinho Junior fará uma reunião para adotar medidas mais restritivas para conter o avanço do coronavírus. O novo decreto será publicado ainda na terça.

O Governo do Paraná informa que está elaborando uma série de medidas para conter o avanço da Covid-19. As medidas estão sendo discutidas em diversas instâncias do Executivo e serão apresentadas aos demais poderes do Estado. A previsão é de que haja ampla divulgação das decisões nesta terça-feira (30). O Governo do Estado antecipa que, diferente do que foi noticiado, não se trata de impor um lockdown em todo o Paraná“, esclarece o governo do Paraná, por meio de nota oficial.

Segundo apurou a reportagem, a tendência é que sejam tomadas medidas mais rígidas em relação à restrição e funcionamento das atividades, com chance de fechamento em algumas microrregiões do estado.

A medida será implementada logo após o Ministério Público do Paraná entrar com uma ação pedindo que o estado feche comércios, igrejas e atividades não essenciais. O MP-PR também pede que o lockdown seja feito em pequenas regiões do Oeste e Leste paranaense para frear o avanço da doença.

Os casos de covid-19 dispararam no Paraná após a reabertura do comércio, no início de junho. Segundo o último boletim da Secretaria de Saúde do estado, divulgada no domingo (28), são 20.516 casos confirmados e 586 mortes por coronavírus.

Disponível em: 98Fm. Em: 30 de junho de 2020. Acesso em: 30 de junho de 2020.

MPPR ajuíza ação civil pública para obrigar suspensão de atividades não essenciais e lockdown em regiões do Estado

notícia: MPPR ajuíza ação civil pública para obrigar suspensão de atividades não essenciais e lockdown em regiões do Estado. #Pratodosverem: na foto, o ministério público de Curitiba. Cores na imagem: cinza, preto e verde.

Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR), por intermédio dos Promotores de Justiça de Proteção à Saúde Pública das macrorregiões de saúde – Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel – ajuizou uma ação civil pública contra o Estado do Paraná. No documento publicado nesta segunda-feira (29), é requerido a suspensão de decretos e validações do governo diante da atual situação do coronavírus no estado.

Entre os pedidos do MPPR está a invalidação de atos que autorizam o funcionamento de atividades não essenciais, a adoção de lockdown em algumas regiões do estado, fixação de multa diária de R$ 10 mil para descumprimento e a proibição do governo de autorizar eventos que possam gerar aglomerações de pessoas.

“Enquanto o discurso e orientação normativa não se atrelarem a medidas práticas garantidoras de distanciamento e de isolamento social, os índices de pacientes diagnosticados e de óbito somente irão aumentar”, apresenta um trecho da ação.

MP cobra governo do Estado

Na ação, o MPPR analisa os números e o avanço da covid-19 pelo Paraná e discorda de atitudes tomadas pelo governo por meio de decretos. Entre os pedidos do documento está a suspensão de atividades religiosas e qualquer outro evento que gere concentração de pessoas.

Como justificativa, o MPPR pede que os atos impostos pelo governo sejam esclarecidos com base em informações técnicas comprovadas. O documento assinado pelos promotores ainda pede que as medidas mais restritivas sejam tomadas para preservar a saúde dos paranaenses, diante de um cenário que está se agravando.

“Infelizmente, por mais que se compreenda as dificuldades econômicas e políticas impostas pela pandemia, a permissão do Estado para que em seu território continue a persistir o relaxamento de medidas restritivas, serve para contrariar as únicas estratégias que, de forma praticamente unânime, delineiam-se como de grande eficiência para conter a transmissão do novo Coronavírus”, destacou um trecho em referência ao isolamento social.

lockdown também foi mencionado pela ação, que pediu para que as situações das regiões do estado sejam analisadas separadamente, e que medidas sejam tomadas de acordo com a disponibilidade dos sistemas de saúde. Segundo o boletim da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) divulgado nesta segunda-feira (29), tanto a região Leste como a Oeste apresentam 77% de ocupação dos leitos de UTI adulto.

“Restrição/bloqueio pleno de atividades não essenciais à manutenção da vida e da saúde (lockdown) senão em todas as regiões do Estado do Paraná, ao menos em suas macrorregiões Leste e Oeste, à vista da gravíssima situação epidemiológica que enfrentam, pelo prazo de 15 (quinze) dias – período esse correspondente ao tempo de incubação do novo Coronavírus -, prorrogáveis enquanto houver necessidade sanitária”, sugere um trecho.

O documento foi assinado pelos promotores Marcelo Paulo Maggio (macrorregião Leste), Angelo Mazzucchi Santana Ferreira (macrorregião Oeste), Susana Broglia Feitosa de Lacerda (macrorregião Norte) e Michele Nader (macrorregião Noroeste).

Estado emite posicionamento

Em nota, o governo do Estado destacou que não foi notificado a respeito da ação e aguarda manifestação do Poder Judiciário. Confira o comunicado na íntegra:

O Governo do Estado informa que não foi notificado da ação e aguarda a manifestação do Poder Judiciário a respeito do tema.
O Governo do Estado reafirma que mantém as recomendações sobre a importância do distanciamento e isolamento social para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Tal orientação tem sido seguidamente defendida pelas autoridades estaduais, desde o início da pandemia da Covid-19.

Disponível em: RicMais. Em: 29 de junho de 2020. Acesso em: 29 de junho de 2020.