É lei! Comércio agora pode doar refeições não vendidas, sem medo

notícia: É lei! Comércio agora pode doar refeições não vendidas, sem medo. #pratodosverem: na foto, um buffet com refeições servidas. Cores na imagem: prata, verde, amarelo, vermelho.
Foto: Naim Benjelloun

Alimentos e refeições próprios para consumo, que sobram e não são vendidos em supermercados, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais brasileiros, agora poderão ser doados para combater a forme e o desperdício no país…

A lei que autoriza a doação – apresentada pelo senador Fernando Collor e aprovada no Senado este mês – foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e saiu no Diário Oficial desta quarta, 24.

Ela acaba com um antigo medo dos doadores: de serem processados, caso a comida doada fizesse mal a alguém. Por isso, muitos restaurantes, bares, lanchonetes e supermercados chegavam a jogar no lixo alimentos em ótimo estado, não davam nem para os funcionários. Com a medida, a responsabilidade do doador de boa vontade acaba no momento em que ele entrega o alimento e o comerciante ganha incentivo para ajudar as pessoas que passam fome nessa pandemia.

O que muda

A nova lei prevê que o doador e o intermediário da entrega do alimento só responderão criminalmente por danos causados pelos alimentos doados se agirem com dolo, ou seja, se a ação tiver o intuito comprovado de prejudicar a saúde da outra pessoa.

O projeto estabelece que:

  • A doação pode ser de alimentos in natura, produtos industrializados e refeições prontas, todos ainda próprios para o consumo humano
  • Os itens devem estar dentro do prazo de validade e em condições de conservação especificadas pelo fabricante, quando aplicável
  • Os alimentos devem ter as propriedades nutricionais mantidas, ainda que tenham sofrido dano parcial ou apresentem aspecto comercialmente indesejável.
  • A integridade e segurança sanitária não podem ter sido comprometidas, mesmo que haja danos à sua embalagem

A novidade pretende ajudar o brasileiro e reduzir a fome em tempos de coronavírus.

A Secretaria-Geral da Presidência da República explicou que, além de combater o desperdício de alimentos, a medida pretende “combater a fome e a desnutrição, valorizar a responsabilidade social e a solidariedade entre os brasileiros e auxiliar a superação da crise econômica e social gerada pela atual pandemia”.

Quem pode doar

A nova lei de doação de alimentos vale para empresas, hospitais, supermercados, cooperativas, restaurantes, lanchonetes e todos os estabelecimentos que forneçam alimentos prontos para o consumo de trabalhadores, de empregados, de colaboradores, de parceiros, de pacientes e de clientes em geral.

Pelo texto, essa doação poderá ser feita diretamente, em colaboração com o poder público, ou por meio de bancos de alimentos, de outras entidades beneficentes de assistência social certificadas ou de entidades religiosas.

A doação deverá ser gratuita e, em nenhuma hipótese, configurará relação de consumo.

A lei prevê que sejam beneficiadas pessoas, famílias ou grupos em situação de vulnerabilidade ou de risco alimentar ou nutricional.

Punições

A lei estabelece que, caso os alimentos doados causem danos, tanto o doador como o intermediário somente serão responsabilizados, nas esferas civil e administrativa, se tiverem agido com essa intenção.

Já na esfera penal, eles serão responsabilizados somente se comprovado, no momento da primeira entrega, ainda que esta não seja feita ao consumidor final, a intenção específica de causar danos à saúde de outros.

Disponível em: 98 FM. Em: 25 de junho de 2020. Acesso em: 25 de junho de 2020.

Multa pelo uso de cerol em pipas avança na Câmara de Curitiba

notícia: Multa pelo uso de cerol em pipas avança na Câmara de Curitiba. #pratodosverem: na foto, uma pipa no céu. Cores na foto: vermelho, azul, vermelho e preto.

Os vereadores de Curitiba aprovaram em primeiro turno nesta quarta-feira (25) a proibição do uso de cerol em pipas, estabelecendo multa de até R$ 2 mil pelo crime.

O cerol é feito com uma mistura de vidro e cola e pode provocar acidentes graves em ciclistas e motociclistas. Também está prevista na lei a proibição da linha chilena, que além de vidro também tem alumínio em sua composição.

Caso as equipes de fiscalização encontrem o material, ele deverá ser recolhido e destruído. A autora do projeto, vereadora Fabiane Rosa (PSD), defendeu a proposta apontando um crescimento nos acidentes causados pelo cerol.

“Tivemos 3 ocorrências até o mês de março e saltamos para 500 até a metade deste mês. É um fio que parece inocente, mas causa acidentes gravíssimos, podendo levar à morte é uma arma em potencial escondida em um fio. Pipa é brincadeira, cerol é crime”, pontuou a vereadora.

O texto precisa agora ser aprovado em uma segunda votação pelos vereadores. Essa nova discussão será realizada na próxima segunda-feira (29).

Caso a proposta seja aprovada sem alterações, segue para a sanção do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, que pode aprovar, retornar o projeto para a Câmara com vistas ou vetar integralmente o texto.

Disponível em: Paraná Portal. Em: 24 de junho de 2020. Acesso em: 25 de junho de 2020.

Pequenos empresários de Curitiba criam Movimento Fechados pela Vida e pedem lockdown

notícia: Pequenos empresários de Curitiba criam Movimento Fechados pela Vida e pedem lockdown. #pratodosverem: na foto, o centro de Curitiba. vazio por conta do isolamento social. Cores na foto: vermelho, branco, verde, marrom, amarelo.
Foto: Giuliano Gomes

O Movimento Fechados pela Vida, composto por quase 200 pequenos empresários do comércio do setor de gastronomia, entretenimento, bares, salões e lojas, inicou nesta segunda-feira, 16 de junho, um abaixo-assinado para angariar assinaturas e pressionar as autoridade a decretarem lockdown. Em duas horas, 650 pessoas tinham assinado a iniciativa e, às 9 horas desta quarta-feira, 1.200 assinaturas das 1.500 almejadas tinham sido conseguidas. 

O Movimento está na plataforma Change.org e pede que “Prefeitura de Curitiba: decrete o lockdown antes que o sistema de saúde entre em colapso. Para sensibilizar a população, o grupo argumenta que no dia 16 de junho, Curitiba estava com 85% da capacidade total de leitos para covid-19 ocupadas. Cita ainda que a taxa de ocupação ocorre exatamente um mês após a flexibilização do fechamento do comércio, que segundo o prefeito, nunca foi realizada.  Relata que, com a anuência da Prefeitura, no dia 17 de maio, estabelecimentos de grande fluxo como shoppings e igrejas ganharam aval para abertura.

Uma da organizadoras do movimento, a empresária Janaína Santos afirma que a intenção é coletar o maior número possível de assinaturas antes de sexta-feira, 19 de junho, data em que os números são reavaliados pelas autoridades municipais de Saúde. “Acreditamos que é preciso agir rápido para evitar o colapso do sistema de saúde e também ter um plano de ação para que o lockdown seja efetivo, com fiscalizacao ampla. Além disso também pedimos mais apoio às pequenas empresas que são as mais afetadas e as que menos receberam ajuda financeira”, diz.

Disponível em: Bemparana. Em: 17 de junho de 2020. Acesso em: 18 de junho de 2020.