Governo do Paraná nega que haverá lockdown generalizado por enquanto

Notícia: Governo do Paraná nega que haverá lockdown generalizado por enquanto. #pratodosverem: na foto, pessoas na rua utilizando máscaras por conta do coronavírus. Cores na foto: branco, preto, verde, cinza e marrom.
Foto: Gustavo Fring

O governo do Paraná emitiu uma nota de esclarecimento na noite desta segunda-feira (29) informando que não irá impor um lockdown em todo o estado.

Na manhã desta terça-feira (30), a equipe do governador Ratinho Junior fará uma reunião para adotar medidas mais restritivas para conter o avanço do coronavírus. O novo decreto será publicado ainda na terça.

O Governo do Paraná informa que está elaborando uma série de medidas para conter o avanço da Covid-19. As medidas estão sendo discutidas em diversas instâncias do Executivo e serão apresentadas aos demais poderes do Estado. A previsão é de que haja ampla divulgação das decisões nesta terça-feira (30). O Governo do Estado antecipa que, diferente do que foi noticiado, não se trata de impor um lockdown em todo o Paraná“, esclarece o governo do Paraná, por meio de nota oficial.

Segundo apurou a reportagem, a tendência é que sejam tomadas medidas mais rígidas em relação à restrição e funcionamento das atividades, com chance de fechamento em algumas microrregiões do estado.

A medida será implementada logo após o Ministério Público do Paraná entrar com uma ação pedindo que o estado feche comércios, igrejas e atividades não essenciais. O MP-PR também pede que o lockdown seja feito em pequenas regiões do Oeste e Leste paranaense para frear o avanço da doença.

Os casos de covid-19 dispararam no Paraná após a reabertura do comércio, no início de junho. Segundo o último boletim da Secretaria de Saúde do estado, divulgada no domingo (28), são 20.516 casos confirmados e 586 mortes por coronavírus.

Disponível em: 98Fm. Em: 30 de junho de 2020. Acesso em: 30 de junho de 2020.

MPPR ajuíza ação civil pública para obrigar suspensão de atividades não essenciais e lockdown em regiões do Estado

notícia: MPPR ajuíza ação civil pública para obrigar suspensão de atividades não essenciais e lockdown em regiões do Estado. #Pratodosverem: na foto, o ministério público de Curitiba. Cores na imagem: cinza, preto e verde.

Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR), por intermédio dos Promotores de Justiça de Proteção à Saúde Pública das macrorregiões de saúde – Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel – ajuizou uma ação civil pública contra o Estado do Paraná. No documento publicado nesta segunda-feira (29), é requerido a suspensão de decretos e validações do governo diante da atual situação do coronavírus no estado.

Entre os pedidos do MPPR está a invalidação de atos que autorizam o funcionamento de atividades não essenciais, a adoção de lockdown em algumas regiões do estado, fixação de multa diária de R$ 10 mil para descumprimento e a proibição do governo de autorizar eventos que possam gerar aglomerações de pessoas.

“Enquanto o discurso e orientação normativa não se atrelarem a medidas práticas garantidoras de distanciamento e de isolamento social, os índices de pacientes diagnosticados e de óbito somente irão aumentar”, apresenta um trecho da ação.

MP cobra governo do Estado

Na ação, o MPPR analisa os números e o avanço da covid-19 pelo Paraná e discorda de atitudes tomadas pelo governo por meio de decretos. Entre os pedidos do documento está a suspensão de atividades religiosas e qualquer outro evento que gere concentração de pessoas.

Como justificativa, o MPPR pede que os atos impostos pelo governo sejam esclarecidos com base em informações técnicas comprovadas. O documento assinado pelos promotores ainda pede que as medidas mais restritivas sejam tomadas para preservar a saúde dos paranaenses, diante de um cenário que está se agravando.

“Infelizmente, por mais que se compreenda as dificuldades econômicas e políticas impostas pela pandemia, a permissão do Estado para que em seu território continue a persistir o relaxamento de medidas restritivas, serve para contrariar as únicas estratégias que, de forma praticamente unânime, delineiam-se como de grande eficiência para conter a transmissão do novo Coronavírus”, destacou um trecho em referência ao isolamento social.

lockdown também foi mencionado pela ação, que pediu para que as situações das regiões do estado sejam analisadas separadamente, e que medidas sejam tomadas de acordo com a disponibilidade dos sistemas de saúde. Segundo o boletim da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) divulgado nesta segunda-feira (29), tanto a região Leste como a Oeste apresentam 77% de ocupação dos leitos de UTI adulto.

“Restrição/bloqueio pleno de atividades não essenciais à manutenção da vida e da saúde (lockdown) senão em todas as regiões do Estado do Paraná, ao menos em suas macrorregiões Leste e Oeste, à vista da gravíssima situação epidemiológica que enfrentam, pelo prazo de 15 (quinze) dias – período esse correspondente ao tempo de incubação do novo Coronavírus -, prorrogáveis enquanto houver necessidade sanitária”, sugere um trecho.

O documento foi assinado pelos promotores Marcelo Paulo Maggio (macrorregião Leste), Angelo Mazzucchi Santana Ferreira (macrorregião Oeste), Susana Broglia Feitosa de Lacerda (macrorregião Norte) e Michele Nader (macrorregião Noroeste).

Estado emite posicionamento

Em nota, o governo do Estado destacou que não foi notificado a respeito da ação e aguarda manifestação do Poder Judiciário. Confira o comunicado na íntegra:

O Governo do Estado informa que não foi notificado da ação e aguarda a manifestação do Poder Judiciário a respeito do tema.
O Governo do Estado reafirma que mantém as recomendações sobre a importância do distanciamento e isolamento social para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Tal orientação tem sido seguidamente defendida pelas autoridades estaduais, desde o início da pandemia da Covid-19.

Disponível em: RicMais. Em: 29 de junho de 2020. Acesso em: 29 de junho de 2020.

Pequenos empresários de Curitiba criam Movimento Fechados pela Vida e pedem lockdown

notícia: Pequenos empresários de Curitiba criam Movimento Fechados pela Vida e pedem lockdown. #pratodosverem: na foto, o centro de Curitiba. vazio por conta do isolamento social. Cores na foto: vermelho, branco, verde, marrom, amarelo.
Foto: Giuliano Gomes

O Movimento Fechados pela Vida, composto por quase 200 pequenos empresários do comércio do setor de gastronomia, entretenimento, bares, salões e lojas, inicou nesta segunda-feira, 16 de junho, um abaixo-assinado para angariar assinaturas e pressionar as autoridade a decretarem lockdown. Em duas horas, 650 pessoas tinham assinado a iniciativa e, às 9 horas desta quarta-feira, 1.200 assinaturas das 1.500 almejadas tinham sido conseguidas. 

O Movimento está na plataforma Change.org e pede que “Prefeitura de Curitiba: decrete o lockdown antes que o sistema de saúde entre em colapso. Para sensibilizar a população, o grupo argumenta que no dia 16 de junho, Curitiba estava com 85% da capacidade total de leitos para covid-19 ocupadas. Cita ainda que a taxa de ocupação ocorre exatamente um mês após a flexibilização do fechamento do comércio, que segundo o prefeito, nunca foi realizada.  Relata que, com a anuência da Prefeitura, no dia 17 de maio, estabelecimentos de grande fluxo como shoppings e igrejas ganharam aval para abertura.

Uma da organizadoras do movimento, a empresária Janaína Santos afirma que a intenção é coletar o maior número possível de assinaturas antes de sexta-feira, 19 de junho, data em que os números são reavaliados pelas autoridades municipais de Saúde. “Acreditamos que é preciso agir rápido para evitar o colapso do sistema de saúde e também ter um plano de ação para que o lockdown seja efetivo, com fiscalizacao ampla. Além disso também pedimos mais apoio às pequenas empresas que são as mais afetadas e as que menos receberam ajuda financeira”, diz.

Disponível em: Bemparana. Em: 17 de junho de 2020. Acesso em: 18 de junho de 2020.