Desemprego e desalento avançam no Paraná enquanto renda despenca em meio à pandemia

#pratodosverem: notícia: Desemprego e desalento avançam no Paraná enquanto renda despenca em meio à pandemia. Na foto uma carteira de trabalha sendo carimbada. Cores na foto: azul, preto, branco.

Como era de se esperar, a crise causada pelo novo coronavírus atingiu em cheio o mercado de trabalho no Paraná, fazendo aumentar o número de desempregados e de desalentados (pessoas que até já desistiram de encontrar uma colocação) no estado. Além disso, também foi registrada uma queda expressiva nas horas trabalhadas e na renda da população ocupada, sendo que 320 mil trabalhadores paranaenses foram afastados do trabalho que tinham e ficaram sem renda em maio.

Os dados acima listados – e que serão detalhados na sequência – fazem parte da PNAD COVID19, estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mês de referência é maio, sendo que a divulgação da pesquisa acontece mensalmente.

No último mês, 62,8% dos paranaenses (5,86 milhões de pessoas) faziam parte da força de trabalho, ou seja, estavam ocupados ou então buscando alguma colocação no mercado de trabalho. A taxa de desemprego, contudo, chegou a 10%, o que significa que um em cada dez trabalhadores paranaenses estava sem emprego, totalizando um contingente de 585 mil desocupados.

Entre a população ocupada, 711 mil estavam afastadas de seus empregos, a maior parte delas (541 mil) em decorrência da necessidade de distanciamento social. Além disso, 320 mil desses trabalhadores ficaram sem remuneração em maio, ou seja, não receberam salário por estarem afastadas. Já entre os que não foram afastados da profissão que exercem, 490 mil estão atuando de forma remota.

Além dos afastamentos, também foi notada uma redução significativa no número médio de horas trabalhadas e no rendimento médio recebido pelos trabalhadores. Antes da pandemia, os paranaenses dedicavam cerca de 40,3 horas por semana ao trabalho. Depois, esse número passou para 31,5, o que significa uma queda de 27,9%. E isso acabou também impactando na renda da população ocupada, que passou de R$ 2.528 para R$ 2.126 (variação de -18,91%). Além disso, um terço da população ocupada (33,4% dos trabalhadores) tiveram rendimento efetivo menor que o normalmente recebido.

Entre os não ocupados, chama a atenção o avanço do desalento, ou seja, da falta de perspectiva em conseguir uma colocação, um emprego. Prova disso é que 414 mil pessoas teriam não procurado um trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade onde vive. Nesse sentido, cabe ressaltar a importância do auxílio emergencial neste momento: 31,3% dos domicílios no Paraná tem alguma pessoa recebendo o valor pago mensalmente pelo governo federal, sendo que a média do rendimento proveniente deste auxílio é de R$ 774 nos domicílios.

Ao todo, 7,8% da população tinha sintomas de síndrome gripal
Além das questões sobre emprego e renda, os entrevistados pela PNAD COVID19 em maio também responderam se, na semana anterior a entrevista, algum deles apresentou: febre; tosse; dor de garganta; dificuldade de respirar; dor de cabeça; dor no peito; náusea; nariz entupido ou escorrendo; fadiga; dor nos olhos; perda de cheiro ou de sabor; e dor muscular. Os sintomas foram informados pelo morador e não se pressupõe a existência de um diagnóstico médico.

No Paraná, a estimativa é que 7,8% da população (898 mil pessoas) tenham apresentado algum dos sintomas listados acima, sendo que 64 mil apresentaram sintomas conjugados. Considerando ainda o total de pessoas com sintomas, 147 mil buscaram atendimento nalgum estabelecimento de saúde.

Em todo o país, os estados com mais pessoas apresentando sintomas de síndromes gripais foram Amapá (26,6%), Pará (21,3%), Amazonas (18,9%), Ceará (16,5%) e Maranhão (15,1%). Na outra ponta, os estados com menos pessoas apresentando esses sintomas foram Mato Grosso (5,4%), Piauí (5,6%), Mato Grosso do Sul (5,9%), Rio Grande do Norte (7,3%) e Goiás (7,5%) – o Paraná aparece em seguida.

A crise do coronavírus e o mercado de trabalho no Paraná

(dados do mês de maio)

  • Um em cada 10 paranaenses na força de trabalho está sem emprego
  • 320 mil paranaenses afastados do trabalho e que ficaram sem renda
  • Um terço (1/3) dos domicílios do estado tem alguma pessoa recebendo auxílio emergencial
  • 490 mil pessoas trabalhando de forma remota
  • 10,2% dos trabalhadores ocupados (541 mil pessoas) foram afastados do trabalho devido ao distanciamento social
  • Número médio de horas trabalhadas caiu de 40,3 para 31,5
  • 33,4% da população ocupada teve queda no rendimento
  • Rendimento médio das pessoas ocupadas caiu de R$ 2.528 para R$ 2.126

Disponível em: Bem Paraná. Em: 24 de junho de 2020. Acesso em: 26 de agosto de 2020.

Brasil mostra desaceleração na taxa de transmissão da Covid-19 pela primeira vez desde abril, aponta Imperial College

Índice que mostra quantas pessoas em média um paciente infectado atinge com a doença está abaixo de zero, de acordo com relatório semanal.

#pratodosverem: notícia: Brasil mostra desaceleração na taxa de transmissão da Covid-19 pela primeira vez desde abril, aponta Imperial College. Na foto, duas pessoas apertando as mãos, elas estão de luvas. Cores na imagem, branco e preto.

Pela primeira vez desde abril, o relatório semanal do Imperial College London aponta uma taxa de transmissão (R0) menor do que 1 no Brasil– ou seja, uma desaceleração da disseminação da Covid-19 no país. O dado representa uma perspectiva de curto prazo, que pode ser revertida de acordo com o comportamento da população e/ou do vírus.

Taxa de transmissão no Brasil (R0) — Foto: G1

Taxa de transmissão no Brasil (R0) — Foto: G1

Também simbolizado por Rt, o “ritmo de contágio” é um número que traduz o potencial de propagação de um vírus: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança. Como está abaixo de 1, a previsão é que a doença passe a declinar.

O relatório da instituição britânica foi divulgado no domingo (16). Além do Brasil, o único país da América Latina com taxa abaixo de 1, de acordo com o documento, é o Chile (0,85). O maior índice é de 1,95, do Paraguai.

Taxa monitorada desde abril no Brasil

DataR0
12/abr1.57
19/abr1.81
26/abr2.81
03/mai1.49
10/mai2.00
17/mai1.30
24/mai1.31
31/mai1.13
07/jun1.08
14/jun1.05
21/jun1.06
28/jun1.03
12/jul1.03
19/jul1.01
26/jul1.08
02/ago1.08
09/ago1.01
16/ago0,98

Fonte: Imperial College London

Nesta quarta-feira (19), o consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h.

O país registrou 1.170 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 111.189 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 989 óbitos, uma variação de -5% em relação aos dados registrados em 14 dias.

Em casos confirmados, já são 3.460.413 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 48.541 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 41.420 por dia, uma variação de -5% em relação aos casos registrados em 14 dias.

Disponível em: G1. Em: 19 de agosto de 2020. Acesso em: 20 de agosto de 2020.

Secretaria de Cultura inicia o cadastramento para a renda emergencial da Lei Aldir Blanc

#pratodosverem: notícia: Secretaria de Cultura inicia o cadastramento para a renda emergencial da Lei Aldir Blanc. #pratodosverem: na foto, a secretaria de cultura de Curitiba. Cores na foto: verde, branco, vermelho, preto, bege e azul.

O presidente Jair Bolsonaro fez, nesta segunda 17, um repasse R$ 3 bilhões para o setor cultural, que atenderá trabalhadores do setor durante a crise causada pela pandemia de covid-19 (PL 1075/2020). O valor foi regulamentado pela Lei Aldir Blanc. A exemplo do auxílio emergencial pago aos informais, os trabalhadores da cultura terão direito a três parcelas de R$ 600 de auxílio, pagas de uma única vez, nos valores e condições definidos na Lei Federal nº 14.017/2020. Para evitar o acúmulo de dois benefícios, o trabalhador não pode ser beneficiário do auxílio emergencial.

As ações serão desenvolvidas pelos governos estaduais e municipais, cabendo ao Estado a distribuição dos recursos dos programas de renda emergencial e fomento, e aos municípios os de subsídios para os espaços culturais e, também, fomento.

Para receber o benefício, o trabalhador da cultura em Curitiba já pode fazer, até o dia 14 de setembro, o seu credenciamento poderá ser realizado aqui.

Os credenciados deverão cumprir os seguintes requisitos:

a) Ter 18 anos;

b) Ter atuação social ou profissional nas áreas artística e cultural nos últimos dois anos;

c) Ter renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135), o que for maior;

d) O trabalhador não poderá ter emprego formal ativo, ser titular de benefício previdenciário ou assistencial ou beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, ressalvado o Bolsa Família. Também não poderá receber a ajuda se tiver recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018;

e) Poderão receber os R$ 600 até duas pessoas de uma mesma família. Mãe solteira receberá o dobro do benefício (R$ 1.200)..

f) Ser agente cultural há dois anos. Comprovação, por foto, de ser artista (das áreas de música, teatro, dança, circo, artesanato, arte visual, audiovisual, cultura popular, literatura, formação); técnico (luz, som, estrutura); gestor ou produtor cultural.

Subsídio

Entre outras ações previstas pela Lei Aldir Blanc, o repasse deve contemplar também subsídio, ao encargo dos municípios, para a manutenção de espaços artísticos e culturais, microempresas e pequenas empresas culturais, organizações culturais comunitárias, cooperativas e instituições culturais.

Fomento

Na área de Fomento, estão previstos, tanto em âmbito estadual quanto municipal, editais, tanto em âmbito estadual quanto municipal, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural e outros instrumentos destinados à manutenção de agentes, de espaços, de iniciativas, de cursos, entre outros.

Repasse


O repasse dos recursos se dará de forma descentralizada, mediante transferências da União aos Estados, aos municípios e ao Distrito Federal, preferencialmente por meio dos fundos estaduais, municipais e distrital de cultura ou, quando não houver, de outros órgãos ou entidades responsáveis pela gestão desses recursos, devendo os valores da União ser repassados da seguinte forma:

I – 50% (cinquenta por cento) aos Estados e ao Distrito Federal, dos quais 20% (vinte por cento) de acordo com os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e 80% (oitenta por cento) proporcionalmente à população;
II – 50% (cinquenta por cento) aos Municípios e ao Distrito Federal, dos quais 20% (vinte por cento) de acordo com os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e 80% (oitenta por cento) proporcionalmente à população.

Fonte: Secretária da Comunicação Social e Cultura do Paraná